A 27.ª edição da ARCO - Feira Internacional de Arte Contemporânea de Madrid, abre hoje com a presença de 295 galerias de 34 países, entre elas 32 do Brasil, este ano o país convidado, e 13 de Portugal.
Num espaço ampliado e com a performance em destaque na programação, a ARCO volta a apresentar uma montra internacional de arte que cobre desde as vanguardas históricas aos mestres modernos, os clássicos contemporâneos e a arte actual em suportes que vão desde a pintura, escultura, instalações e fotografia, ao vídeo, new media, desenhos e gravuras.
Do total de galerias, 168 estarão inseridas na programação geral e 54 num segmento intitulado ARCO40, onde será mostrada uma visão da arte contemporânea de criação mais recente, com obras realizadas nos últimos três anos.
A Performing ARCO é a secção novidade nesta 27ª edição, dedicada às novas propostas de arte viva, assim como a galerias especializadas na investigação e promoção da performance.
Do total das galerias, 73 são espanholas e, entre as 222 estrangeiras, o Brasil terá 32 e Portugal faz-se representar este ano com 13, todas elas históricas na sua presença no certame, mas sem a histórica Galeria 111, cuja exclusão, pela primeira vez, desde 1986, fez com que os responsáveis pelo espaço divulgassem uma crítica carta aberta a denunciar a situação.
Para Rui Brito, da Galeria 111, a exclusão resultou de «ignorância» da organização relativamente ao projecto, mas, por seu turno, Cristina Guerra, representante portuguesa no Comité de Selecção da ARCO, justificou a não inclusão por «falta de qualidade do stand».
António Henriques - Arte Contemporânea, Carlos Carvalho - Ara Galeria de Arte, Cristina Guerra - Contemporary Art, Fernando Santos, Filomena Soares, Graça Brandão, Lisboa Vinte, Mário Sequeira, Pedro Cera, Pedro Oliveira, Presença, Quadrado Azul e Vera Cortés são as galerias portuguesas que estarão presentes na ARCO até 18 de Fevereiro.
As 32 galerias de arte brasileiras - uma selecção da responsabilidade dos comissários Moacir dos Anjos e Paulo Sérgio Duarte - vão ter um espaço no segundo andar do novo pavilhão 14, articulado em redor dos criadores.
Entre os artistas brasileiros mais conceituados, estarão presentes obras do fotógrafo Vik Muniz, do artista electrónico Eduardo Kac, Rosângela Rennó e Leonora de Barros, uma das primeiras vídeo-artistas do país.
A maioria das galerias são provenientes de São Paulo e Rio de Janeiro, mas também de Porto Alegre, Salvador da Baía e Belo Horizonte.
Também em Madrid está já a decorrer a 3.ª edição da ART-Madrid, outra feira de arte contemporânea, cuja organização aposta este ano na arte emergente, com as novas tecnologias em destaque.
Cerca de 80 galerias participam neste certame, que decorre até 17 de Fevereiro e espera receber mais de 30 mil visitantes no Pavilhão de Cristal da Casa de Campo, onde estão também as galerias portuguesas António Prates, Art Lounge, Cordeiros, Perve e São Mamede.
Diário Digital / Lusa
13-02-2008 7:44:00 (in http://diariodigital.sapo.pt/)
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