Monday, November 29, 2010

Morreu o actor canadiano Leslie Nielsen


O actor canadiano Leslie Nielsen, protagonista da comédia "Aeroplano", morreu ontem num hospital da Florida, nos Estados Unidos, aos 84 anos, anunciou o seu sobrinho Doug Nielsen.


O estado de saúde de Leslie Nielsen, hospitalizado há 12 dias por problemas pulmonares, começou a agravar-se nas últimas 48 horas, indicou Doug Nielsen à rádio CKNW.

No domingo à tarde, "com os seus amigos e a sua mulher, Barbaree, ao seu lado, ele adormeceu e morreu", disse ainda Doug Nielsen.

Leslie Nielsen ficou conhecido pela participação em várias séries de televisão norte-americanas de sucesso como "Peyton Place", "Dr. Kildare", "Le Fugitif", "Kojak" ou "M.A.S.H.".

Posteriormente tornou-se uma celebridade mundial graças à participação em filmes de culto na área da comédia como "Aeroplano" (1980), "Onde Pára a Polícia" (1988), "Onde Pára a Polícia 2 1/2: O Cheiro do Medo" (1991) ou "Onde Pára a Polícia 33 1/3" (1994).

in Público

Wednesday, November 24, 2010

Portugal está a deixar cair a geração mais qualificada

Greve geral
Portugal está a deixar cair a geração mais qualificada

24.11.2010 - 11:34 Por Luís Francisco

Nunca houve tantos licenciados em Portugal. E nunca foi tão difícil para os jovens encontrar emprego. As centrais sindicais dizem que a greve geral também é feita em nome desta geração que se pode perder, entre a precariedade e o apelo da emigração. Num cenário de "défice democrático" no mundo laboral, os melhores são os que arriscam sair do país.

A taxa de desemprego entre os jovens mais do que duplica o índice geral. Entre os que arranjam emprego, só cerca de um terço escapa à regra dos contratos a termo, recibos verdes e outras formas de precariedade. Um em cada dez licenciados abandona o país. É o retrato de uma geração sem saída. Em tempos de greve geral, não espanta que as centrais sindicais tenham colocado os jovens na primeira linha da luta.

Sendo Portugal um país com baixa qualificação académica da sua força de trabalho - e tendo em conta a importância da formação num mundo cada vez mais competitivo -, o número crescente de licenciados a saírem das universidades deveria ser uma boa notícia. Mas não é. No actual cenário de crise, os jovens são os mais prejudicados pela extinção de postos de trabalho e, entre eles, os que investiram na formação académica são exactamente os que se deparam com mais portas fechadas.

Elísio Estanque, professor de Economia e investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, considera que este discurso das centrais sindicais é "ainda mais apropriado pelo facto de o instinto de sobrevivência e o individualismo criarem junto dos jovens alguma resistência às formas de luta colectiva". Cabe ao sindicalismo encontrar "formas de os sensibilizar e mobilizar".

"O individualismo assume-se em situações de desafogo, quando há oportunidades. Em situações de crise, isto muda", diz Elísio Estanque, convicto de que "o individualismo já atingiu o seu ponto de exaustão". "Acho natural que, por desespero ou consciencialização, os jovens comecem a organizar-se de outra forma." Nesse sentido, "a recente invasão pacífica de um call-center pode ser um sinal dos tempos".

Formas de luta mais imaginativas conseguem tornear as dificuldades colocadas por um sistema que os impede de "dar a cara de forma explícita". Com contratos a prazo ou a recibos verdes, não é fácil afrontar a entidade patronal, para mais numa altura em que se vive um "défice democrático", na opinião de Elísio Estanque: "Ser sindicalizado é ser criminoso, diabolizam-se os sindicatos de forma excessiva. E a repressão, o controlo e o despotismo acabam por privilegiar os medíocres em detrimento dos mais competentes. A fidelidade é mais importante do que a competência."

Os melhores estão a sair?

Com poucos (e maus) empregos à sua espera, não espanta que muitos jovens optem por deixar o país. O fluxo da emigração atingiu nesta década valores só comparáveis aos do êxodo dos anos 60 do século passado e os números só baixaram nos últimos dois anos porque a crise também se faz sentir lá fora. Rui Pena Pires, sociólogo e professor do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, em Lisboa, fala em 60.000 saídas por ano - eram à volta de 70.000 na década de 1960. Os números são diferentes, no entanto, porque antigamente "quase ninguém regressava no curto prazo e agora a mobilidade é maior".

"Ainda não há estatísticas por idade, só daqui a uns seis meses. Mas a emigração concentra-se na população activa jovem... Por dedução, pensamos serem esses os que estão a sair", explica o coordenador do projecto de investigação Atlas das Migrações. Quando chegarem, os números tratarão de confirmar o sentimento geral. "Todos nós conhecemos gente que saiu recentemente de Portugal. Os meus dois filhos, por exemplo, estão fora do país."

Mais preparados, em muitos casos até com relacionamentos cultivados em programas de intercâmbio estudantil, os licenciados estão na primeira fila dos que olham para lá das fronteiras. O mercado de trabalho é global. O Banco Mundial calculou que um quinto dos licenciados portugueses vive fora do país e uma afinação dos números aponta para um dado ainda mais significativo: um em cada dez (11 por cento) licenciados tira o "canudo" por cá, antes de emigrar.

"Não é um número terrível. No Reino Unido, são 10 por cento os recém-licenciados que emigram. Mas, lá, as entradas de pessoas com qualificações universitárias mais do que compensam este fluxo. Em Portugal, não", analisa Rui Pena Pires. Ou seja, neste momento, Portugal é um exportador de cérebros. Alguns saem porque as suas carreiras (na investigação científica ou em multinacionais, por exemplo) apontam nessa direcção. A maior parte sai porque não tem perspectivas de futuro. "Temos de contar com as gerações que estão a chegar, se queremos que a economia seja competitiva, que as pessoas se sintam seguras, que a democracia floresça", lembra Elísio Estanque. "Mas, pelos indícios que temos, os mais qualificados, os mais competentes, são os mais ousados e os que assumem o risco de ir para fora...""É preciso alargar horizontes"
Bruno Cea, 24 anos, licenciado em Negócios Internacionais (Universidade do Minho)

Aconteceu a Bruno o que tantas vezes acontece a quem procura uma saída: apareceram-lhe duas. Há cinco meses, entre uma "boa proposta" de estágio numa empresa e a "oportunidade única" de estagiar no Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), escolheu a segunda. "As oportunidades aparecem; é preciso é estarmos prontos para as agarrar."

Terminada a licenciatura, trabalhou num restaurante e foi a Angola, onde percebeu que há "boas oportunidades" mas a prioridade é dada "a jovens quadros angolanos". Regressou a Barcelos e começou a procurar trabalho. "O mercado pede coisas a um recém-licenciado, como "três anos de experiência"..."

Agora está em Lisboa e foi "muito bem recebido" no MNE, onde está apostado em "desenvolver competências". Bruno diz que "é preciso alargar horizontes", sejam eles geográficos ("Não podemos confinar-nos ao mercado doméstico") ou intelectuais ("Tudo o que aprendemos faz-nos crescer enquanto pessoas.")

A "precariedade, o desemprego, o custo de vida, as propinas elevadas e as práticas em algumas empresas" justificam o descontentamento das pessoas e elas têm o direito de se manifestar. Mas Bruno acha que a greve não é a melhor solução: "O que é importante para os jovens é que se aposte em dar-lhes competências."

(...)

in Publico

Friday, November 19, 2010

Aniversario del Museo (19 de noviembre)

Hoy, 19 de noviembre, el Museo del Prado conmemora su 191 Aniversario. Como celebración, el acceso al Museo será gratuito durante todo el día (incluidas exposiciones temporales) y los niños menores de 14 años que lo visiten a lo largo de esta jornada serán obsequiados con un pase familiar válido para acceder a la colección permanente otro día acompañados por cuatro miembros más de su familia.

Actividades especiales a lo largo del día:
Especial El Prado habla

Sesiones especiales de la actividad, El Prado habla, centradas en la arquitectura e historia del Museo, en tres bloques de explicaciones didácticas que se repetirán en horario de mañana y tarde. El público interesado en participar en esta actividad podrá hacerlo acudiendo a cada una de las salas en el horario indicado (no es necesaria inscripción previa).
El origen del Museo y su arquitectura

A las 11h y a las 16h. Junto a la maqueta del edificio Villanueva en la Sala 75.
El origen de las colecciones del Museo

A las 12h y a las 17h. En la Rotonda Alta de Goya, Sala 1.
La última ampliación del Prado

A las 13h y a las 18h. En el Claustro de los Jerónimos.
Concierto extraordinario

Con motivo del Aniversario del Museo del Prado y la exposición Rubens se celebra un concierto que recorrerá el arte musical de la época de Pedro Pablo Rubens (1577-1640) en estrecha relación con su biografía. El grupo de música barroca La Folía interpreta el repertorio de los siglos XVI a XVIII utilizando instrumentos de época, presentando una selección específica para esta ocasión bajo la dirección de Pedro Bonet.
El arte instrumental en la época de Rubens

Viernes, 19 de noviembre, a las 19h.
Auditorio. Entradas agotadas
Programa del concierto

in Museo Del Prado

Friday, November 12, 2010

Polícia Marítima já recuperou 2,5 toneladas de haxixe na praia de faro

11 de Novembro, 2010

A Polícia Marítima já recuperou 74 fardos de haxixe junto à Barrinha, perto da praia de Faro, na sequência da apreensão de uma embarcação rápida realizada na passada segunda-feira.

No primeiro dia de operações, na terça-feira, foram retirados da água 30 fardos e na quarta-feira mais 44, num total de 2,5 toneladas, disse o comandante Marques Ferreira, da Autoridade Marítima do Sul, citado pela Agência Lusa.

Até ao final da manhã de hoje, quinta-feira, não foi encontrado mais nenhum fardo de droga, mas vão continuar as buscas no local até ao final do dia, precisou a fonte, frisando que nessa altura será feito um novo ponto de situação.

As operações estão a ser realizadas pela Polícia Marítima, com a ajuda de uma equipa de mergulhadores da Marinha portuguesa, uma vez que alguma da droga estava submersa, na mesma zona onde foi apreendida a lancha semirrígida suspeita de ser utilizada para narcotráfico.

A lancha semirrígida, com 12,5 metros de comprimento e com três motores de 250 cavalos cada um, estava vazia quando foi apreendida durante o patrulhamento da Polícia Marítima na madrugada de segunda-feira.

Esta é a quarta apreensão deste ano de lanchas semirrígidas alegadamente relacionadas com o narcotráfico, um número que vem juntar-se a mais três apreensões idênticas registadas em 2009.

A polícia identificou ainda algumas pessoas nas imediações da zona onde apareceu a droga - Barrinha e ilhéu da Cobra - para futuras averiguações.

inJN

Morreu João Serra, o "Senhor do Adeus"

João Manuel Serra, conhecido em Lisboa como o "Senhor do Adeus", morreu aos 80 anos de idade.


"O meu grande amigo João Serra, o famoso 'Senhor do Adeus', faleceu. Conheci-o há cerca de sete anos e desde então fomos todos os domingos ao cinema", escreveu ontem à noite o realizador de cinema Filipe Melo no blogue Senhor do Adeus.

João Manuel Serra ficou conhecido dos lisboetas por passar as noites na zona do Saldanha, em Lisboa, a dizer adeus aos automobilistas que ali passavam - por vezes escolhia outras zonas da cidade durante o dia.

No blogue Senhor do Adeus pode ler-se que, todos os domingos, João Serra ia "ao cinema com Filipe Melo e com Tiago Carvalho", sendo que o blogue servia "para documentar as opiniões e observações de João Serra sobre os filmes e sobre a vida". "Os comentários deixados no blogue durante a semana serão lidos ao João Serra no domingo seguinte", de acordo com os autores da página.

"Eu sou o Senhor do Olá"

"Chamam-me o Senhor do Adeus, mas eu sou o Senhor do Olá. Aquele que acena no Saldanha, a partir da meia-noite. Tudo isto é solidão? Essa senhora é uma malvada, que me persegue por entre as paredes vazias de casa. Para lhe escapar, venho para aqui. Acenar é a minha forma de comunicar, de sentir gente", escrevia, em Março de 2008, o Expresso sobre João Manuel Serra, salientando: "São quase duas da manhã e os carros não param de lhe apitar. Nem eu de lhes acenar. Só fico triste quando o movimento acaba."

"Venho para a Praça Duque de Saldanha, desde que fiquei nas mãos de não ter ninguém. Nasci aqui perto, na casa da minha avó. Um palacete tão bonito, que o Calouste Gulbenkian quis comprá-lo. Vê-se que foi um menino rico. Sou filho de gente abastada, nunca trabalhei nem entrei numa cozinha", acrescentava o semanário, citando o "Senhor do Adeus".

Em Setembro de 2003, o Diário de Notícias escrevia que João Serra "nunca trabalhou, mas conhece a Europa toda" e "já entrou em dois filmes e até num teledisco".

No Facebook, já surgiu um apelo para uma concentração às 22h00 de hoje, no Saldanha, "para dizer adeus aos carros em homenagem ao senhor João que o fazia noite após noite". Desconhece-se o local e a hora do funeral de João Manuel Serra.

in Público

imagem de janeladeimagens

Wednesday, November 3, 2010

E se em vez do carro e do avião, o Estado usasse a videoconferência para reuniões?

E se em vez do carro e do avião, o Estado usasse a videoconferência para reuniões?
Por Nuno Sá Lourenço

É defeito profissional, talvez. O deputado Jorge Seguro Sanches trabalhou na multinacional Microsoft antes de entrar em São Bento. A experiência fez com que, chegado ao Parlamento, se tenha surpreendido com o facto de a máquina administrativa não estar a usar mais as potencialidades das novas tecnologias.

Seguro Sanches não percebe a morosidade do Estado português em adoptar um sistema tecnológico que implica poupança de recursos e tempo. Por isso vem questionando há meses o Governo sobre os esforços feitos para passar a "utilizar preferencialmente os serviços de telecomunicações mais económicos". Numa pergunta enviada ao Governo em Maio, o socialista e outros oito deputados do PS consideram "evidente que os serviços públicos ainda não introduziram práticas comuns no mundo empresarial, como a utilização de centrais telefónicas que usem VOIP".

Mas a pergunta transforma-se em proposta e defende que os funcionários públicos passem a usar mais vezes a tecnologia para reuniões que até agora requeriam deslocações. "Os serviços públicos ainda recorrem, em grande parte, à transmissão de informação e à realização de reuniões nos formatos tradicionais. Basta constatar a existência generalizada e periódica de reuniões com dirigentes distritais ou regionais, com a consequente deslocação de, pelo menos um dirigente, uma viatura e de um condutor."

Numa outra pergunta ao Governo, também em Maio, o deputado pretendia aferir junto do Ministério das Finanças se estava a ser aplicada a resolução do Conselho de Ministros de 2006 que recomendava que o pessoal dos gabinetes passasse a "utilizar preferencialmente a classe económica" em voos com duração mais reduzida. Aí questionava se estaria a ser feita "alguma avaliação" sobre outra recomendação já aprovada: "Que apenas podem ser realizadas as deslocações cujos objectivos não possam ser perseguidos através da utilização de novas tecnologias, designadamente correio electrónico, videoconferência ou videochamada."

Falta de estudos

Parte da resposta veio da Secretaria de Estado da Modernização Administrativa, através do vogal do conselho directivo da UMIC-Agência para a Modernização Admnistrativa, Gonçalo Caseiro. E demonstra que o assunto está a passar por baixo do radar dos serviços públicos. Segundo os dados da UMIC, em 2007 "aproximadamente 70 por cento dos organismos utilizam banda larga", ou seja, a infra-estrutura necessária para recorrer a estes sistemas já está implantada em grande parte da máquina administrativa. Mas sobre a questão de fundo - os esforços para substituir reuniões presenciais por teleconferência - a entidade responsável não sabe. Não há estudos ou estão ainda a ser feitos. Os poucos exemplos de aplicações são em nichos dos serviços públicos.

UMIC sem messenger

Gonçalo Caseiro apresenta os casos da utilização de sistemas VOIP no Instituto das Tecnologias de Informação na Justiça, no Centro de Gestão da Rede Informática do Governo e na Agência para a Sociedade do Conhecimento. A título de exemplo, Agência para Modernização Administrativa não instalou ainda uma rede de messaging entre os seus trabalhadores. Parece que vai ser este ano que o vão fazer, ou seja, as entidades responsáveis por disseminar as novas tecnologias nos serviços públicos usam-nas, mas parecem ter dificuldade em transferir esse know-how para o resto da administração.

"Este é o tipo de política que devia abranger todos os departamentos do Estado", afirma Seguro Sanches ao PÚBLICO. "Somos o país europeu líder em serviços públicos online, já fizemos esse percurso, falta-nos agora dar este passo. Já só nos falta ganhar dinheiro com isto. E poupar dinheiro também", conclui.

in Publico